Ao longo do Rio das Contas encontra-se um panorama extraordinário deste tipo de vegetaçao. Durante a maré baixa, um emaranhado de raízes são totalmente expostas. Suas formas artisticamente desenhadas pela natureza dão asas a imaginação. È possível observar milhares de caranguejos, goiamuns e aratus.
Durante a maré alta, as raízes submersas na água formam um abrigo natural para animais marinhos se esconderem de seus predadores. Sendo um dos ecossistemas mais produtivos do planeta, os manguezais se torna um verdadeiro berçário de organismos jovens, incubadoras de novos seres.
Os manguezais desempenham importante papel como exportador de matéria orgânica para os estuários, contribuindo para a produtividade primária na zona costeira.O solo do manguezal caracteriza-se por ser úmido, salgado, lodoso, pobre em oxigênio e muito rico em nutrientes. Por possuir grande quantidade de matéria orgânica em decomposição, por vezes apresenta odor característico, mais acentuado se houver poluição.
A biodiversidade dos manguezais se traduz em significativa fonte de alimentos para as populações humanas. Nesses ecossistemas se alimentam e reproduzem mamíferos, aves, peixes, moluscos e crustáceos, entendidos os recursos pesqueiros como indispensáveis à subsistência tradicional das populações das zonas costeiras.
O mangue é composto por apenas três tipos de árvores (Rhizophora mangle – mangue-bravo ou vermelho, Avicena schaueriana – mangue-seriba ou seriúba – e Laguncularia racemosa – mangue-branco) que podem chegar a até 20 metros de altura em alguns lugares do país. Esse tipo de ecossistema se desenvolve onde há água salobra e em locais semi abrigados da ação das marés, mas com “canais” chamados gamboas que permitem a troca entre água doce e salgada. Seu solo é bastante rico em nutrientes e matéria orgânica com características lodosas e, composto por raízes e material vegetal parcialmente decomposto (turfa).
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